Histórias, ideias, memórias, narrativas...
Alessandra Rodrigues
"A única maneira de contar uma história é voltar ao mesmo lugar repetidas vezes; é nessa dialética que se evolui".
Sebastião Salgado.
Como se constrói uma história? Que personagens nos ajudam a escrevê-la? Quem narra? De que lugar o faz? Por quê? Que sentidos dá ao vivido? E ao ato de recontar o vivido?
Uma história se faz de muitas histórias, a cada dia; mas também a cada lembrança, a cada memória, no contar e recontar.Venho fazendo esse exercício há algum tempo em minha vida profissional, mas o narrar (e, portanto, o narrar-me) faz parte de minha trajetória desde menina nos registros feitos em diários e cartas. Juntando tudo dá pra entender um pouquinho melhor os percursos que fiz como filha, irmã, mulher, mãe, profissional e apaixonada pela escritura, pelas histórias e pelo narrar a vida.
Esta imagem traz um desses registros pessoais com enfoque em minha formação/atuação profissional e minha relação com a escrita.
A primeira porta é a da paixão pela escrita, onde se escondem (e se mostram) vozes, cores, nuances e aventuras do escrever...
Esse registro, apesar de ter uma estrutura sintética, traz elementos importantes que ajudam a construir a narrativa de minha trajetória profissional e fez parte dos trabalhos de um grupo de pesquisa muito especial do qual tenho orgulho de ser integrante: o Laboratório de Escritas e Autorias.
Nosso grupo é composto por pesquisadores de diferentes instituições e com distintas formações acadêmicas que se uniram em torno de uma paixão compartilhada: a escrita e a autoria!
Também nos unimos, justiça seja feita, em torno de uma pessoa especial e comum (em diferentes medidas e de diversas formas) na trajetória de cada membro do grupo: a Profa. Dra. Ana Maria Netto Machado; que, para muito além do título acadêmico, é conselheira, amiga, orientadora e inspiração para todos. Tenho certeza.
Nosso grupo se encontrou presencialmente pela primeira vez em outubro de 2013 quando, na Serra Catarinense, vivemos três dias de imersão para ouvir e contar as narrativas de nossas trajetórias pessoais, refletir, encontrar pontos convergentes e traçar, a partir daí, caminhos de pesquisa e rumos para o grupo.
Aí estamos!
